terça-feira, 7 de dezembro de 2010

PRESÉPIO ESPIRITUAL


Ter domínio próprio é fazer com que os sentimentos bons sejam fortalecidos e canalizados para que possam ser aperfeiçoados.

O FENO

Feno é a forragem desidratada, isto é, com pouca umidade. Retirando-se a água da forragem, ela mantém todo seu valor nutritivo e pode ser armazenada por muito tempo sem se estragar.Em nosso meio, o feno pode ser feito no próprio campo, utilizando-se para a desidratação somente a energia do sol e do vento, sem necessidade de galpões ou máquinas secadoras.

Forneça feno à manjedoura do seu coração, dominando todos os sentimentos de orgulho, zanga ou inveja, cobiça, ódio, ambição.– Jesus, ensinai-me a conhecer e a corrigir os meus maiores pecados.Dai-me a graça do fruto da temperança!TEMPERANÇA é basicamente a virtude do ESPÍRITO SANTO que nos ajuda a ter domínio próprio; ou seja capacidade de dominar nossas ações em qualquer situação, seja no vestir ou no falar, ou no agir.

Não podemos esquecer,que a vida cristã é aquela vivida no Espírito Santo.Na verdade, a vida cristã só é possível no Espírito. Fora dEle, nossa vida é como a de qualquer pessoa.Entre as virtudes cristãs, elencadas pelo apóstolo Paulo, está a do domínio próprio.Quando relaciona as qualidades de um cristão, Paulo inclui o domínio próprio (Tito 1,8), junto com hospitalidade, benignidade, sobriedade, justiça e piedade.O apóstolo Pedro segue na mesma trilha, colocando como uma das virtudes a ser buscada pelo cristão, ao lado do conhecimento, da perseverança e da piedade. (2Pedro 1,6)Somos movidos pelos nossos sentimentos.Se, por exemplo, amamos, a Deus, ao próximo ou a nós mesmos, somos levados a querer bem, adorando a Deus, respeitando o outro e gostando de nós mesmos. Se, doutro lado, em nós o ódio é forte, seja a Deus pela figura do pai que representa, seja ao próximo, por ser a fonte de nosso sofrimento (o inferno são os outros, já dizia Sartre), seja a nós mesmos, pela incapacidade de ser o que gostaríamos de ser, somos levados ao vale do vazio.Ter domínio próprio é fazer com que os sentimentos bons sejam fortalecidos e canalizados para que possam ser aperfeiçoados.

Assim, o amor deve alcançar o seu objeto.Quando temos domínio sobre o sentimento do amor, fazemos com que ele se torne operativo.Quanto ao ódio, bem, simplesmente não devemos odiar e poderíamos encerrar a discussão aqui. No entanto, somos também capazes de odiar; este é um gigante da alma, como o descreveu um antigo psicólogo (Emílio Mira y Lopez).Se o Espírito Santo habita em nosso coração, ele não pode conviver com o ódio. Contudo, sabemos que, embora não o desejando, nós odiamos.O ódio é, portanto, um sentimento a ser controlado ou ele nos dominará e nos levará a fazer o que não queremos.A ambição é um sentimento que também deve ser controlado. Não devemos ser acomodados; antes, devemos querer o máximo para nós.A ambição destrói quando não vê métodos e se baseia na comparação com o que os outros são ou alcançaram. Controle a sua ambição e ela não controlará você.

A vaidade é um sentimento que também deve ser controlado. Não devemos nos achar que nada valemos e que os outros são melhores ou fazem as coisas melhores que nós.Nem sempre... A vaidade mata quando nos leva a nos achar onipotentes e oniscientes, acima da média humana. Controle a sua vaidade e ela não controlará você.Se os nossos sentimentos nos definem, nossos desejos nos constituem.Nós somos aquilo que desejamos.Como ensinou Jesus, onde estiver o nosso tesouro, isto é, os nossos desejos, aí estará também o nosso coração. (Mateus 6,21)Desejamos coisas legítimas e coisas ilegítimas. Nem todos os nossos desejos são pecaminosos.Sejam quais forem, no entanto, se eles nos controlarem, passam a ser pecaminosos.Além dos sentimentos e desejos, que nós podemos controlar, em grau maior ou menor, há as circunstâncias, aquelas situações que não criamos, mas que nos atingem.Quando nos enredam, elas provocam desânimo.

Diante delas, podemos perder o auto-controle, partindo para reações inadequadas, seja de desespero, seja com violência.Nossa reação mostra que, na verdade, estamos sendo controlados por elas.Podemos ser menores que as circunstâncias, mas Deus é maior do que elas.Embora seja difícil, é assim que devemos crer.Autocontrole é manter a esperança no Senhor da vida.Precisamos também aprender a lidar com as circunstâncias.Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance, mesmo sacrificialmente, para mudar aquelas que nós podemos transformar. Diante daquelas que não podemos alterar, temos que aprender a conviver com elas, mesmo sob pretexto, para que não nos dominem.Adaptar-se não é aceitar conformisticamente as adversidades, mas saber que elas existem, mudá-las logo, mudá-las quando for possível e viver apesar delas.


com minha benção
Pe.Emílio Carlos+
Fonte:pemiliocarlos.blogspot.com

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