terça-feira, 31 de agosto de 2010

NOVA PUBLICAÇÃO DO PAPA, ABORDARIA CONTROVÉRSIAS


VATICANO, 31 Ago. 10 / 02:42 pm (ACI).- O Escritório de Imprensa da Santa Sé confirmou que no fim do ano será publicado um novo livro-entrevista do Papa Bento XVI com o jornalista Peter Seewald. Espera-se que no texto, o Santo Padre aborde temas de atualidade como os abusos sexuais, a AIDS na África e o levantamento da excomunhão aos bispos da Sociedade de São Pio X.Seewald publicou anteriormente duas coleções de entrevistas com o então Cardeal Joseph Ratzinger, quando era Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. A permissão para publicar este novo livro foi outorgado na semana do 26 de julho na residência de Castel Gandolfo, enquanto a entrevista era feita.Os dois livros de Seewald –fruto das duas entrevistas-, foram chamados "Sal da Terra" (1996), e "Deus e o Mundo" (2002).O Pe. Lombardi anunciou que "a publicação do volume está prevista para um prazo bastante breve – antes do final deste ano – em italiano e em alemão, e na medida do possível também em outras línguas". Nesta declaração ele assinala que "como se sabe, os direitos relativos às publicações do Santo Padre estão sob a responsabilidade da Livraria Editora Vaticano, que publicará também a edição italiana".Peter Seewald nasceu na cidade alemã de Bochun mas cresceu na Baviera, no seio de uma família católica.Conforme recorda a Rádio Vaticano, nos anos 60 Seewald se associou às idéias marxistas-comunistas, em 1976 fundou um jornal de esquerda radical e se separou da vida religiosa. Entretanto, seguiu tratando temas religiosos até que em 1996, logo depois de uma conversa com o então Cardeal Joseph Ratzinger, publica o livro-entrevista "O sal da terra. Cristianismo e Igreja Católica na mudança para o Terceiro Milênio".Depois deste livro Seewald retorna ao seio da Igreja e no ano 2000, produto de outra de suas conversações com o Cardeal Ratzinger publica "Deus e o Mundo". Este jornalista alemão manteve um contato próximo com o Papa Bento XVI e em várias ocasiões afirmou que o pontífice é o responsável por sua conversão. Seewald vive em Munique, está casado e tem dois filhos.

SECRETÁRIO LAMENTA PROVOCAÇÃO DE GADAFI EM ROMA.


Roma, 31 Ago. 10 / 04:31 pm (ACI).- O secretário da Congregação para a Evangelização dos povos, Dom Robert Sarah, lamentou que o presidente líbio Muamar el Gadafi faça chamados a uma conversão da Europa ao Islã durante sua visita a Roma.Dom Sarah considerou que se trata de uma "provocação" e "falta de respeito para com o Papa e a Itália, país majoritariamente católico".As chamadas de Gadafi durante sua visita oficial a Roma provocaram mal-estar em diversos setores, incluindo católicos."Falar de um continente convertido em bloco ao islã não tem nenhum sentido porque são as pessoas as que decidem sozinhas e em plenitude de consciência ser cristãs, muçulmanas ou de outra religião", declarou o funcionário ao jornal italiano La Repubblica.O jornal Avvenire da Conferência Episcopal Italiana também criticou a "sessão de propaganda islâmica", "deliberadamente folclórica" protagonizada por Gadafi.Ao mesmo tempo, o presidente da região de Veneza (nordeste), Luza Zaia, alto responsável pela Liga Norte, deplorou as declarações de Gadafi. "Que Gadafi faça em sua casa suas chamadas à conversão. Eu não gostei de nada seu proselitismo da islamização", declarou Zaia a um meio de Pádua e lamentou que “como convidado, não tem um grande sentido da educação. Deveria limitar-se às questões do acordo econômico e comercial assinado pela Itália e a Líbia".

"ABORTO SEMPRE É ASSASSINATO"


BUENOS AIRES, 30 Ago. 10 / 07:03 pm (ACI).- O Bispo de San Luis, na Argentina, Dom Jorge Luis Lona, criticou as autoridades que usando "subterfúgios" impulsionam o aborto dos não nascidos, já que estamos falando de um assassinato mesmo que alguns utilizem palavras como "interrupção da gravidez".Em uma mensagem também assinada pelo Bispo Auxiliar, Dom Pedro Martínez, o Prelado advertiu que negar aos não-nascidos seu direito fundamental à vida é transitar "pelo caminho da injusta discriminação".Nesse sentido, lamentaram que ante a cultura da vida, na Argentina se esteja escolhendo a cultura da morte. "Escolhe-se a cultura da promoção legal do aborto", advertiram."Não se utilizará a chocante palavra ‘assassinar’. Se dirá que se trata apenas de uma ‘interrupção da gravidez’", mas, sentenciaram, "serão vidas definitivamente interrompidas".Com respeito à Guia Ministerial, os bispos denunciaram que se trata de um novo "subterfúgio" que apresenta o crucial tema da defesa da vida como "mero trâmite burocrático"."Outro subterfúgio é apresentar este tema -não como uma questão de vida ou morte em que poderiam chegar a alterar-se básicos princípios constitucionais- mas sim como um mero trâmite burocrático no qual por uma interpretação ‘ampla’ do Código Penal, dar-se-ia curso a uma Guia Ministerial de máximo permissivismo abortista. Por enquanto, a consciência do principal responsável o impediu", assinalaram.Os bispos também denunciaram a discriminação contra as crianças às quais é negado o direito a ter um pai e uma mãe. "Hoje, os ativistas que promovem a cultura do aborto na Argentina, são os mesmos, ou estão estreitamente coordenados, com os que promoveram o matrimônio homossexual, e procuram estender seus efeitos a toda a sociedade no educativo e cultural", advertiram."Trata-se de um projeto globalizado, cujo núcleo central se vincula indubitavelmente a setores das Nações Unidas. Em nome da luta contra a discriminação, desdobram a discriminação mais ativa e injusta contra quem acredita que Deus é ‘fonte de toda razão e justiça’, e vivem sustentados por essa fé", denunciaram.

"A FÉ CRISTÃ É INCOMPATÍVEL COM A REENCARNAÇÃO"


MONTEVIDÉU, 30 Ago. 10 / 07:48 pm (ACI).- O Bispo de Salto, Dom Pablo Galimberti, recordou aos católicos que a crença na reencarnação é incompatível com a fé cristã, porque a vida é uma só e ao final dela Deus fará um juízo justo e misericordioso.“A reencarnação não é compatível com a fé cristã, de acordo com os ensinamentos de Cristo, segundo o qual ao final de nosso único caminhar vital, haverá um juízo e uma eternidade, conforme a nossas obras, postas na balança por um Deus justo e misericordioso. Este final imprime à nossa vida um caráter único”, expressou o Prelado em um artigo publicado no jornal Cambio.Dom Galimberti explicou que a reencarnação é uma crença do hinduísmo, do budismo e da religião afro-brasileira e espírita Umbanda. “Em muitas cidades do Ocidente desembarcaram centenas de gurus que difundem e iniciam nestas crenças; outras vezes também são conhecidas através da prática da Yoga, não enquanto posturas corporais mas enquanto idéias que no curso de tais sessões, às vezes, são propostas”, indicou.O bispo uruguaio afirmou que respeita às pessoas com outras crenças. Entretanto, recordou aos cristãos que esta idéia não é compatível com os ensinamentos de Cristo.O bispo indicou que também da filosofia se pode analisar esta idéia. “Julián Marías diz que o aspecto irrepetível da vida humana poderia ser expresso assim: ‘os dias contados’ e que isto nos obriga a ter que acertar. É que se a vida fosse interminável não seria importante errar, porque o tempo perdido seria indiferente; sempre ficaria outro capítulo para retificar ou voltar a começar”, explicou.Dom Galimberti recordou que “cada porção da vida gravita sobre todas as demais, de tal modo que quando jogamos um fragmento da vida, em certa medida estamos jogando a vida inteira. A vida é pois irrevogável”.Entretanto, indicou que “nossa época tem uma tremenda resistência a aceitar a irrevogabilidade da vida. O homem atual não quer que nada seja irrevogável (os anos, envelhecimento, matrimônio, os votos religiosos…)”.“O mal é que essa resistência é bastante inútil, porque seja que nós gostemos ou não, é assim, e quando se tenta contrariar esta condição, em primeiro lugar se desvaloriza aquilo que se pretende fazer revogável”, explicou o prelado citando o autor Julián Marías.Finalmente, Dom Galimberti citou à Beata Madre Teresa de Calcutá, quem viveu muitos anos na Índia. “vou passar pela vida uma só vez, se algo bom eu posso fazer, devo fazê-lo agora, porque não passarei de novo por aqui”, expressou a religiosa.

LITURGIA DIÁRIA - O SENHORIO DE JESUS


Lucas 4, 31-37


Naquele tempo, Jesus 31Desceu a Cafarnaum, cidade da Galiléia, e ali ensinava-os aos sábados. 32Maravilharam-se da sua doutrina, porque ele ensinava com autoridade. 33Estava na sinagoga um homem que tinha um demônio imundo, e exclamou em alta voz: 34Deixa-nos! Que temos nós contigo, Jesus de Nazaré? Vieste para nos perder? Sei quem és: o Santo de Deus! 35Mas Jesus replicou severamente: Cala-te e sai deste homem. O demônio lançou-o por terra no meio de todos e saiu dele, sem lhe fazer mal algum. 36Todos ficaram cheios de pavor e falavam uns com os outros: Que significa isso? Manda com poder e autoridade aos espíritos imundos, e eles saem? 37E corria a sua fama por todos os lugares da circunvizinhança. - Palavra da salvação.


Este episódio da expulsão de um espírito impuro, narrado por Lucas, ocorre logo no início do ministério de Jesus. Ele passava o seu ensinamento às multidões, com sua ação amorosa e libertadora. É interessante o fato de que os primeiros atos de Jesus narrados por Lucas estejam ligados à expulsão dos demônios. Para os antigos, todos os males que afligiam as pessoas eram considerados obra de algum demônio, principalmente as doenças. Para conseguir a cura, era necessário expulsar o demônio. Jesus pode fazer isso porque venceu as tentações: abundância, poder, riqueza e prestigio, através das quais o diabo age, provocando os males do povo. Isso é o sinal concreto da chegada do Reino de Deus, que traz liberdade e vida para todos.
Cafarnaum é o centro da atividade de Jesus na Galileia, e aí Ele costuma ensinar na sinagoga no dia de sábado, que é o dia santo dos judeus. As pessoas se espantam com o seu ensinamento, porque Ele “fala com autoridade”. Que autoridade é essa? Certamente uma compreensão nova das Escrituras, aplicando diretamente o seu anúncio à uma prática de libertação concreta. Enquanto os doutores da Lei ficavam em especulações abstratas, Jesus vai direto ao que interessa ao povo: a Palavra de Deus como libertação concreta, interna e externa, dentro das situações em que o povo vive.O primeiro milagre contado por Lucas é a expulsão de um demônio, indicando que, para libertar as pessoas primeiro é preciso expulsar o demônio. Quem é ele? É alguém que conhece Jesus, e sabe que Jesus é uma ameaça para seu império demoníaco. Ele chama Jesus de o “Santo de Deus”. Isto é, que Jesus, concebido por obra do Espírito Santo, é portador desse mesmo Espírito, capaz de vencer o domínio do espírito do mal. Para compreendermos bem o que isto significa, devemos nos lembrar de que a principal ação do demônio é alienar as pessoas, impedindo-as de pensar e agir por si mesmas. Tudo aquilo que aliena as pessoas é mau e demoníaco, e então compreendemos que as ideologias, as propagandas mentirosas, os sistemas, as estruturas opressoras são agentes do demônio, enganando e manipulando o povo. Quem seria esse demônio de hoje? Todos aqueles que tapeiam e manipulam o povo, para explorá-lo e oprimi-lo, a fim de conseguir vantagem. E esses agentes do demônio sabem muitos bem que Jesus é perigoso para eles, porque pode destruir o seu “negócio rentável”.Entendemos, então, o espanto do povo e a fama de Jesus, que vai se espalhando pela redondeza. Jesus, com sua palavra e ação, vence os demônios que alienam o povo. Ele devolve ao povo a capacidade de ver, de pensar e agir por si, usando sua liberdade para conquistar a vida a que todos têm direito. O povo só é impedido disso por alguns que, demoniacamente, só pensam e buscam a própria abundância, poder, riqueza e prestigio, deixando todos os outros na miséria.
Quais são os demônios que hoje te deixam alienado, impedindo-te de ver, ouvir, falar e agir com liberdade, para descobrir e seguir o caminho da santidade? É justa uma lei que impede de curar? Em tua casa, bairro, cidade ou país existem leis assim? Quais são os demônios que provocam as doenças na tua casa e entre os teus familiares? Como esses demônios agem? Não te esqueça nunca: Jesus veio e Ele está presente ao teu lado, na tua casa e no teu coração para expulsá-los todos. Basta acreditar, confiar e saber esperar que Ele agirá!
Pe Bantu

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

EM DEFESA DA VIDA HUMANA.


Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará



Belém do Pará, 27 de agosto de 2010,
Festa de Santa Mônica.

Caríssimo amigo (a) e irmão (ã)
Recebi hoje o texto do Regional Sul I sobre a defesa da vida e tomei a decisão de divulgá-lo, sugerindo que muitas outras pessoas o façam.
Obrigado.

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará


Apelo a Todos os Brasileiros e Brasileiras
Nós, participantes do 2º Encontro das Comissões Diocesanas em Defesa da Vida (CDDVs), organizado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB e realizado em S. André no dia 03 de julho de 2010,


considerando que, em abril de 2005, no IIº Relatório do Brasil sobre o Tratado de Direitos Civis e Políticos, apresentado ao Comitê de Direitos Humanos da ONU (nº 45) o atual governo comprometeu-se a legalizar o aborto,
considerando que, em agosto de 2005, o atual governo entregou ao Comitê da ONU para a Eliminação de todas as Formas de Descriminalização contra a Mulher (CEDAW) documento no qual reconhece o aborto como Direito Humano da Mulher,
considerando que, em setembro de 2005, através da Secretaria Especial de Polítíca das Mulheres, o atual governo apresentou ao Congresso um substitutivo do PL 1135/91, como resultado do trabalho da Comissão Tripartite, no qual é proposta a descriminalização do aborto até o nono mês de gravidez e por qualquer motivo, pois com a eliminação de todos os artigos do Código Penal, que o criminalizam, o aborto, em todos os casos, deixaria de ser crime,
considerando que, em setembro de 2006, no plano de governo do 2º mandato do atual Presidente, ele reafirma, embora com linguagem velada, o compromisso de legalizar o aborto,
considerando que, em setembro de 2007, no seu IIIº Congreso, o PT assumiu a descriminalização do aborto e o atendimento de todos os casos no serviço público como programa de partido, sendo o primeiro partido no Brasil a assumir este programa,
considerando que, em setembro de 2009, o PT puniu os dois deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso por serem contrários à legalização do aborto,
considerando como, com todas estas decisões a favor do aborto, o PT e o atual governo tornaram-se ativos colaboradores do Imperialismo Demográfico que está sendo imposto em nível mundial por Fundações Internacionais, as quais, sob o falacioso pretexto da defesa dos direitos reprodutivos e sexuais da mulher, e usando o falso rótulo de “aborto - problema de saúde pública”, estão implantando o controle demográfico mundial como moderna estratégia do capitalismo internacional,
considerando que, em fevereiro de 2010, o IVº Congresso Nacional do PT manifestou apoio incondicional ao 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3), decreto nª 7.037/09 de 21 de dezembro de 2009, assinado pelo atual Presidente e pela ministra da Casa Civil, no qual se reafirmou a descriminalização do aborto, dando assim continuidade e levando às últimas consequências esta política antinatalista de controle populacional, desumana, antisocial e contrária ao verdadeiro progresso do nosso País,
considerando que este mesmo Congresso aclamou a própria ministra da Casa Civil como candidata oficial do Partido dos Trabalhadores para a Presidência da República,
considerando enfim que, em junho de 2010, para impedir a investigação das origens do financiamento por parte de organizações internacionais para a legalização e a promoção do aborto no Brasil, o PT e as lideranças partidárias da base aliada boicotaram a criação da CPI do aborto que investigaria o assunto,
RECOMENDAMOS encarecidamente a todos os cidadãos e cidadãs brasileiros e brasileiras, em consonância com o art. 5º da Constituição Federal, que defende a inviolabilidade da vida humana e, conforme o Pacto de S. José da Costa Rica, desde a concepção, independentemente de sua convicções ideológicas ou religiosas, que, nas próximas eleições, deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalizacão do aborto.


Convidamos, outrossim, a todos para lerem o documento “Votar Bem” aprovado pela 73ª Assembléia dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB, reunidos em Aparecida no dia 29 de junho de 2010 e verificarem as provas do que acima foi exposto no texto “A Contextualização da Defesa da Vida no Brasil” [http://www.cnbbsul1.org.br/arquivos/defesavidabrasil.pdf], elaborado pelas Comissões em Defesa da Vida das Dioceses de Guarulhos e Taubaté, ligadas à Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB, ambos disponíveis no site desse mesmo Regional.


COMISSÃO em DEFESA da VIDA

do REGIONAL SUL 1 da CNBB

AS PALAVRAS E A VERDADE.


Dominar a língua será sempre sinal de maturidade... e de equilíbrio


Os santos diziam que “se não é possível falar bem de uma pessoa, então, é melhor que não se diga nada”. Um dos pontos mais importantes na educação é ensinar aos filhos a fidelidade à verdade e o bom uso das palavras.O domínio da língua será sempre sinal de maturidade e de equilíbrio. São Tiago chega a dizer que: “Se alguém não cair por palavra, este é um homem perfeito, capaz de refrear todo o seu corpo” (Tg 3,2)O apóstolo compara o domínio da língua ao freio que se põe na boca dos cavalos e ao controle de imenso navio pelo pequeno leme. Assim como um pequeno palito de fósforo aceso incendeia toda uma imensa floresta, da mesma forma uma má palavra, gera imensas brigas, complicações, discórdias e divisões.“Não acostumes tua boca a uma linguagem grosseira, pois aí sempre haverá pecado” (Eclo 23, 17).“Não sejas precipitado em palavras e ao mesmo tempo covarde e negligente em tuas ações” (Eclo 4, 34).“A palavra manifesta o que vai no coração do homem” (Eclo 27, 7).É preciso ensinar os filhos a serem moderados com as palavras, proibindo-lhes de falar palavrões, se intrometerem nas conversas alheias, etc; e mais dados a ouvir e a aprender, do que a falar.As palavras são como as moedas, às vezes uma só vale por muitas outras. Quanto mais fortes forem os nossos argumentos, mais baixa pode ser a nossa voz. Vítor Hugo dizia que: “palavras fortes e amargas, indicam uma causa fraca”.“Escuta com doçura o que te dizem a fim de compreenderes, dará então uma resposta sábia e apropriada...” (Eclo 5, 13)Muitas são as recomendações da Palavra de Deus, para a moderação da língua. E há um provérbio que diz que “o peixe morre pela boca e o homem pela língua”. Não se pode permitir também que os filhos critiquem a todos e a tudo sem reflexão; e, para isto, é preciso que os pais não falem mal dos outros, especialmente diante dos filhos.“Não censures ninguém antes de estares bem informado; e quando te tiveres informado, repreende com equidade. Não indagues das coisas que não te dizem respeito; não te assentes com os maus para julgar” (Eclo 11,8-9). Há pessoas que falam antes de pensar; suas palavras são irrefletidas e suas conseqüências são nefastas: “O coração dos insensatos está na boca; a boca dos sábios está no coração” (Eclo 21, 29).A educação para a verdade é fundamental para formar bem o caráter do homem. Muitos são dados à mentira. É preciso mostrar aos filhos que ela tem “pernas curtas”; e que tão logo descoberta causará vergonha e desrespeito ao mentiroso.Jesus apresentou-se como “a Verdade” (Jo 14,6) e ensinou-nos que o demônio é “o pai da mentira” (Jo 8,44). Basta isto para mostrar a importância da verdade e a periculosidade da mentira.“A mentira é no homem uma vergonhosa mancha, não deixa os lábios das pessoas mal educadas” (Eclo 20,26).A verdade santifica e nos faz semelhantes a Deus, pois nos purifica de toda impureza da alma.
Prof. Felipe Aquino. Do livro: Família, Santuário da Vida

JESUS "OCUPOU O ÚLTIMO LUGAR NO MUNDO" POR NÓS.


CASTEL GANDOLFO, domingo, 29 de agosto de 2010 (ZENIT.org) - O Papa Bento XVI quis dedicar sua habitual introdução à oração do Ângelus - com os peregrinos reunidos no interior do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo - à virtude da humildade.
Refletindo sobre a passagem do Evangelho do dia, sobre os convidados a um casamento que buscavam os primeiros lugares, o Papa afirmou aos presentes que é Jesus quem "ocupou o último lugar" por cada um de nós.
Quando Jesus aconselha a buscar os últimos lugares, explicou o Pontífice, "não pretende dar uma lição sobre etiqueta nem sobre a hierarquia entre as diferentes autoridades", mas insiste "em um ponto decisivo, que é o da humildade".
"Esta parábola, em um significado mais profundo, faz pensar também na posição do homem em relação a Deus - acrescentou o Papa. O ‘último lugar' pode representar, de fato, a condição da humanidade degradada pelo pecado"; por isso, o próprio Cristo "ocupou o último lugar no mundo - a cruz - e, precisamente com esta humildade radical, nos redimiu e ajuda sem cessar".
No final da parábola, prossegue o Papa, "Jesus sugere ao chefe dos fariseus que convide à sua mesa não seus amigos, parentes ou vizinhos ricos, mas as pessoas mais pobres e marginalizadas, que não têm como devolver o favor".
"Mais uma vez, portanto, vemos Cristo como modelo de humildade e gratuidade: d'Ele aprendemos a paciência nas tentações, a mansidão nas ofensas, a obediência a Deus na dor, a espera de que Aquele que nos convidou dos diga: ‘Amigo, vem mais para cima'."
Neste sentido, quis recordar o exemplo de São Luís, rei da França, cuja memória foi celebrada no dia 25 de agosto.
Este rei, afirmou, "pôs em prática o que está escrito no livro do Eclesiástico: ‘Na medida em que fores grande, humilha-te em tudo e assim encontrarás graça diante de Deus' (3, 20)".

LITURGIA DIÁRIA - JESUS EM NAZARÉ


Lucas 4, 16-30

Naquele tempo, 16Dirigiu-se a Nazaré, onde se havia criado. Entrou na sinagoga em dia de sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. 17Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías. Desenrolando o livro, escolheu a passagem onde está escrito (61,1s.): 18O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, 19para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor. 20E enrolando o livro, deu-o ao ministro e sentou-se; todos quantos estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Ele começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir. 22Todos lhe davam testemunho e se admiravam das palavras de graça, que procediam da sua boca, e diziam: Não é este o filho de José? 23Então lhes disse: Sem dúvida me citareis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; todas as maravilhas que fizeste em Cafarnaum, segundo ouvimos dizer, faze-o também aqui na tua pátria. 24E acrescentou: Em verdade vos digo: nenhum profeta é bem aceito na sua pátria. 25Em verdade vos digo: muitas viúvas havia em Israel, no tempo de Elias, quando se fechou o céu por três anos e meio e houve grande fome por toda a terra; 26mas a nenhuma delas foi mandado Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. 27Igualmente havia muitos leprosos em Israel, no tempo do profeta Eliseu; mas nenhum deles foi limpo, senão o sírio Naamã. 28A estas palavras, encheram-se todos de cólera na sinagoga. 29Levantaram-se e lançaram-no fora da cidade; e conduziram-no até o alto do monte sobre o qual estava construída a sua cidade, e queriam precipitá-lo dali abaixo. 30Ele, porém, passou por entre eles e retirou-se. - Palavra da salvação.

Jesus de Nazaré foi um judeu da Galileia onde passou quase toda a sua vida e desenvolveu a maior parte da sua atividade pública. Ora, os estudos recentes mostraram as particularidades da Galileia de então nos domínios social, cultural e religioso. No entanto, a interpretação dessas particularidades é objeto de discussão entre os especialistas. Do ponto de vista social, a Galileia parece ter conhecido nesse tempo um processo de urbanização, que afundou o fosso entre as classes detentoras do religioso. O judaísmo da Galileia tinha traços que o distinguiam do judaísmo de Jerusalém ou da Judeia em geral. O enraizamento de Jesus na Galileia talvez não tenha influenciado somente a formulação de sua mensagem.
Os Evangelhos atribuem a Jesus uma atividade bastante variada que parece supor o desempenho de vários papéis ou funções sócio-religiosas. Jesus proclama a vinda iminente do Reino de Deus como um profeta, ensina como um doutor ou um sábio, cura doentes e exorciza possessos como um homem que está investido do poder de Deus. Parece difícil colar uma etiqueta a Jesus. Os historiadores privilegiam, segundo as suas próprias tendências, ora um ora outro dos papéis que os Evangelhos lhe atribuem, às vezes com a exclusão dos restantes. Ora, tal exclusão não se impõe, podendo um homem de Deus desempenhar ao mesmo tempo mais do que uma função. Tudo indica que os contemporâneos de Jesus viram nele um profeta. Há duas séries de textos evangélicos particularmente significativas a esse respeito. A primeira, que se lê em Mc 6,15 e em Lc 9,8, conta a reação de Herodes perante a fama de Jesus. A segunda, presente nos três Evangelhos sinópticos, relata a chamada confissão de Pedro. As duas séries de textos informam sobre o que a opinião pública pensava de Jesus. Para uns, Jesus era João Batista ressuscitado; para outros, Elias; para outros, enfim, um dos profetas de outrora que ressuscitou. Jesus é ainda chamado profeta pela multidão ou por um ouvinte individual em vários outros textos próprios a um ou a outro evangelho.
Ao falar na Sinagoga, Jesus assumia as palavras de Is 61, 1-2 as quais anunciavam a todas as nações a Sua missão de ungido do Senhor. Este trecho nos relata o ministério de Jesus aqui na terra que se constitui também na nossa missão, pelo poder do Espírito Santo: anunciar a boa nova, proclamar a libertação dos cativos, recuperar a vista aos cegos, livrar os oprimidos e proclamar o perdão do Senhor! Todos nós que somos batizados em Cristo temos também esta vocação. Pela palavra que anunciamos, pela oração que fazemos ou pelo nosso testemunho, todas estas coisas acontecem àqueles a quem nós nos dirigimos. Naquele tempo o povo de Nazaré não acreditou em Jesus porque Ele era de casa, mas mesmo assim Ele não desistia dos seus. É difícil para nós também anunciarmos Jesus na nossa casa ou evangelizar as pessoas no lugar onde todos nos conhecem. Nem sempre somos acolhidos e admirados porque seguimos os ensinamentos de Deus. Assim foi também no tempo de Jesus. Por isso é que Ele nos recorda as figuras de Elias que fez prodígios na vida de uma viúva que não pertencia ao povo de Israel e Naamã, o sírio, que procurou Eliseu longe da sua terra para ser curado da lepra. Às vezes não fazemos sucesso onde queríamos, mas o Senhor nos envia a alguém a quem nem imaginamos, para que por nosso meio ela possa obter cura e libertação. A quem você se sente chamado(a) a evangelizar? Para você o que é evangelizar? O que você tem feito para atrair os seus para uma vida melhor? Você tem visto algum progresso na sua família por causa do seu testemunho de vida? Você continua insistindo? Você sente o poder do Espírito Santo quando fala no nome de Jesus Cristo? Como você acolhe aqueles que lhe anunciam a Palavra da Verdade? Diante dos seus erros e falhas, você aceita de bom coração as correções? Os conterrâneos de Jesus não o acolheram. E você?

Pe Bantu

domingo, 29 de agosto de 2010

A VISITA

O membro de um grupo de oração, sem aviso prévio, deixou de participar de suas atividades. Após algumas semanas, o coordenador decidiu visitá-lo.
Era uma noite muito fria, e ele encontrou o homem em casa, sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor.
Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas vindas, conduziu-o a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto, esperando.
O líder acomodou-se confortavelmente no local indicado, mas não disse nada. No silêncio total que se formara, apenas contemplava a dança das chamas em torno da lenha que ardia.
Depois de alguns minutos, o líder examinou as brasas que se formaram. Cuidadosamente, escolheu uma delas, a mais incandescente de todas, empurrando-a de lado. Voltou-se então, a sentar-se permanecendo silencioso e imóvel.

O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto.
Lentamente, a chama da brasa solitária diminuía, até que houve um brilho momentâneo e seu fogo apagou-se de uma vez. Em pouco tempo, o que antes era uma festa de calor e de luz, não passava de um negro, frio e apagado pedaço de carvão, recoberto de uma espessa camada de fuligem acinzentada.

Nenhuma palavra tinha sido dita desde o formal cumprimento inicial entre os dois. Antes de se preparar para sair, o coordenador manipulou novamente o carvão frio, devolvendo-o ao fogo. Quase que imediatamente, ele tornou a incandescer, alimentado pela luz e calor dos carvões ardentes em torno dele.
Quando já havia alcançado a porta para partir, seu anfitrião disse:
- Obrigado pela visita e pela belíssima lição. Estou voltando ao convívio do grupo. Deus te abençoe !

NOTA:
Aos membros vale lembrar que eles fazem parte da chama, e que, longe do grupo de oração, perdem todo o brilho da fé e do ardor missionário, dando lugar a vazios, medo, incertezas, enfraquecimento espiritual e consequentemente a queda. Aos coordenadores, que eles são responsáveis por manter acesa a chama de cada um e por promoverem a união entre seus membros para que o fogo seja realmente forte, eficaz e duradouro, devendo manter sempre a atitude de vigilância, próprio do bom Pastor.

LITURGIA DIÁRIA - A VERDADEIRA HONRA

Lucas 14, 1.7-14

Naquele tempo, 1Jesus entrou num sábado em casa de um fariseu notável, para uma refeição; eles o observavam. 7Observando também como os convivas escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhes a seguinte parábola: 8Quando fores convidado às bodas, não te sentes no primeiro lugar, pois pode ser que seja convidada outra pessoa de mais consideração do que tu, 9e vindo o que te convidou, te diga: Cede o lugar a este. Terias então a confusão de dever ocupar o último lugar. 10Mas, quando fores convidado, vai tomar o último lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, passa mais para cima. Então serás honrado na presença de todos os convivas. 11Porque todo aquele que se exaltar será humilhado, e todo aquele que se humilhar será exaltado. 12Dizia igualmente ao que o tinha convidado: Quando deres alguma ceia, não convides os teus amigos, nem teus irmãos, nem os parentes, nem os vizinhos ricos. Porque, por sua vez, eles te convidarão e assim te retribuirão. 13Mas, quando deres uma ceia, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos. 14Serás feliz porque eles não têm com que te retribuir, mas ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos. - Palavra da salvação.

Jesus olha tanto para o dono da festa bem como para os convidados ficou desapontado; e, então levantando a cabeça dirige a palavra à seus Apóstolos: Quando você der um almoço ou um jantar, não convide os seus amigos, nem os seus irmãos, nem os seus parentes, nem os seus vizinhos ricos. Porque certamente eles também o convidarão e assim pagarão a gentileza que você fez.
Quero lembrar-te de que a oportunidade do Evangelho sobre o banquete dos pobres e aleijados permite abordar o tema da Igreja como assembléia universal e indiscriminada dos filhos de Deus.
O plano salvífico de Deus, manifestado em Jesus de Nazaré, apresenta-se definitivamente como a assembléia universal e indiscriminada dos filhos de Deus dispersos. Por isso, a Igreja, através de variadas modalidades associativas visibilizadas pelo amor, os ministérios e os sacramentos, sobretudo a celebração eucarística, se manifesta nas múltiplas assembléias locais. Abre-se ao projeto divino da acolhida de todos os homens, mediante a fé em Cristo. Prossegue e prolonga a obra da congregação universal dos filhos de Deus, privilegiando os pobres e marginalizados, na qualidade de primeiros convidados ao festim dos bens messiânicos, pois se os pobres têm vez, ninguém se sente excluído. Entretanto, a Igreja jamais será um fim em si, mas o meio pelo qual se processa a unificação dos homens entre si e com Deus em Cristo. Daí, o tema da congregação universal apontar para o banquete definitivo do Reino de Deus onde serão acolhidos na morada do Pai (Jo 14,2-3), a Jerusalém do Alto (Apc 21,10; Hb 12,22-23).
O amor preferencial pelos pobres, o espaço aberto aos marginalizados, a promoção dos necessitados será sempre sinal evidente do Reino de Deus que a Igreja anuncia, vive e constrói. O próprio Reino manifesta a sua força e vitalidade, congregando os pobres na Igreja de Cristo para promovê-los a uma vida mais digna até a eternidade feliz.
Lucas apresenta o tema da humildade, a partir da parábola da escolha dos lugares, e o tema da importância dos pobres no Reino de Deus, a partir da parábola da escolha dos convidados (Lc 14,1.7-14). Nos diálogos à mesa, os autores gregos geralmente apresentavam os comensais em torno do dono da casa, sublinhando a posição social dos presentes. Lucas também começa retratando um dos notáveis entre os fariseus para logo, desconcertantemente, introduzir um hidrópico na cena, necessitado de cura. Deste modo, dá a entender que a refeição messiânica não é reservada a elites, mas se abre a todos, notadamente os pobres e marginalizados.
Durante os diálogos à mesa, era costume que cada conviva pronunciasse um discurso para elogiar o tema a ser abordado e descrever-lhe as situações. No caso de Lucas, é Jesus quem inicia a conversação, referindo-se à possibilidade de curar o hidrópico no Sábado, enquanto os legistas e fariseus se calam e não conseguem replicá-lo. Jesus, no entanto, insiste no diálogo, escolhendo como tema a humildade e descrevendo suas manifestações. Tendo como pano de fundo a literatura sapiencial (Pr 25,6-7), elogia a humildade, a partir da parábola da escolha dos lugares em que o ocupante do último posto é convidado a se transferir para mais perto.
Quanto à parábola da escolha dos convidados, mais do que apontar para a humildade de quem convida os marginalizados, acentua, bem a gosto de Lucas, a importância dos pobres no Reino de Deus. Na realidade, há a questão básica que se impõe aos que crêem, sobre a acolhida devida aos carentes e necessitados, privilegiados de Jesus. Em tom sapiencial, que sobre exalta as conseqüências dos atos humanos, é melhor para Jesus, convidar os pobres, pois, não tendo com que retribuir, a recompensa da gratuidade há de ser dada pelo próprio Deus na ressurreição dos justos. Do mesmo modo que é conveniente se colocar no último lugar pela vivência da humildade, também é mais dadivoso convidar os pobres e aleijados para o banquete do que os amigos, parentes e vizinhos ricos.
Consciente de que Jesus inaugura o banquete universal dos pobres (Is 55,1-5), Lucas insiste na gratuidade do gesto divino que acolhe a todos em seu Reino, chamado a atenção para a mesma atitude daqueles que convidam os que não podem retribuir. Entretanto, se considerarmos a interpretação eucarística proposta por vários comentadores, teremos a superação, nas assembléias dominicais, de manifestações de vaidade e ostentação das reuniões pagãs, através das regras da humildade ou das escolhas dos lugares e a exclusão de barreiras judaicas, impostas pela impureza legal aos marginalizados mediante as regras da gratuidade e da acolhida dos pobres. Quem são os que participam da tua festa? Com quem gastas o teu dinheiro? E como o gastas? Lembra-te do apelo do Mestre: Quando deres um banquete convide os cegos, os aleijados, os pobres e serás abençoado. Pois eles não poderão pagar o que tu fizeste, mas Deus te pagará no dia em que as pessoas que fazem o bem ressuscitarem.
Pe Bantu

sábado, 28 de agosto de 2010

UM PROCESSO DE CURA INTERIOR


Ao rezar você é refeito por Deus Pai

Ninguém se coloca sob o sol sem se queimar, se tomar sol você vai sofrer as consequências dele. Com Deus acontece algo semelhante, ninguém se coloca na presença d'Ele sem ser beneficiado por Sua presença, as marcas da presença do Todo-poderoso também são irreversíveis. Irreversíveis para a nossa salvação. Quando nós nos deixamos conduzir pelo Espírito Santo, Ele nos dá liberdade.
Nosso Senhor nunca pensou em trazê-lo para perto d'Ele a fim de lhe tirar a liberdade. Se Ele não quisesse que fôssemos livres, por que teria nos criado livres?
A nossa liberdade ficou comprometida por conta de nossa culpa, porque quem peca se torna escravo do pecado. Pelo nosso pecado e pelos vícios que entraram em nossa vida, nós ficamos debilitados. Foi para que fôssemos livres que o Pai do céu nos enviou Jesus.
O Ressuscitado nos libertou de todo o mal, de toda a armadilha do inimigo de Deus, para que permaneçamos livres. No entanto, ninguém é livre na maldade.
Ninguém pode saber o que está em seu interior se você não abrir a boca e dizer. O Senhor sabe quando não estamos bem e o momento da oração é a hora de colocarmos nossa perturbação na presença d'Ele. Quando você reza Deus Pai o refaz. E o Espírito Santo nos cura e nos liberta.
Rezar é você ficar nu na presença de Deus ao se abrir a Ele. Quando está rezando você está se pondo na presença do Altíssimo; dessa forma, nós estamos expostos e, assim, somos curados.
No momento em que você conhece a Deus, você conhece a si mesmo. Por isso rezar não é coisa para qualquer um. Na oração, Deus se revela a nós, mas Ele também nos revela a nós mesmos. Se Ele nos revela uma coisa que não está boa, é porque é preciso consertá-la.
Nós precisamos de muito perdão e de muita cura e essas graças só Deus pode nos dar. Você e eu precisamos, na oração, pedir ao Espírito Santo que nos faça entrar em nosso coração e descobrir o que está ruim ali dentro.
A nossa vida inteira é um processo de cura interior. Enquanto você estiver com os pés aqui nesta terra sua vida será um processo de cura interior. Nós temos de nos apresentar diante de Deus. Não existe ninguém que tendo rezado o Senhor não o tenha respondido. E se Ele não o faz diretamente Ele vai fazê-lo por meio de uma pessoa ou de um fato. Mas que Ele responde Ele responde. Por esse motivo nós precisamos aprender a ouvi-Lo na oração, para conhecermos os planos que Ele tem para nossa vida, um plano de realização, um plano de felicidade.
Muitas vezes, nós não somos felizes porque esse plano não se cumpre na nossa vida. Se você não abre o coração para a oração, você corre o sério risco de morrer sem conhecer o plano que Deus Pai tinha para você.
O Paráclito não entra no coração de uma pessoa perversa, Ele não habita em um corpo que está sendo usado para o pecado. Quem quiser receber de Deus uma resposta, quem quiser conhecer a Deus e a si mesmo precisa lutar pela sua pureza e santidade.
O que é errado é errado hoje, foi errado ontem e será errado sempre! Não é porque a modernidade está aí que o que era errado deixou de sê-lo. Talvez o que você necessite hoje seja abrir mão desta pendência que está dentro de você. O maligno tem pavor de gente que vive a pureza. Muitas graças lhe são dadas porque o Espírito Santo se achega ao homem que vive a pureza. O Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo tem poder de nos purificar. Pela força da santa cruz todo o mal é vencido! Queira viver a pureza.
Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova, formado em teologia.

O SUICIDA, ESTÁ CONDENADO?


Toda pessoa que se suicida está condenada?


Antigamente se pensava que sim, embora a Igreja nunca tenha ensinado isso oficialmente; pois ela nunca disse o nome de um condenado. Hoje, com a ajuda da psicologia e psiquiatria, sabemos que a culpa do suicida pode ser muito diminuída devido a seu estado de alma. Evidentemente que o suicídio é, objetivamente falando, um pecado muito grave, pois atenta contra a vida, o maior dom de Deus para nós. Infelizmente há países que chegam a facilitar e até mesmo estimular esta prática para pacientes que sofrem ou para doentes mentais. Na Suíça, por exemplo, uma decisão da Suprema Corte abriu o caminho para a legalização da assistência ao suicídio de pacientes mentalmente doentes.
O país já permite legalmente o suicido assistido para outros tipos de pacientes com uma ampla faixa de doenças e incapacidades físicas. É o império da “cultura da morte” através da eutanásia. O Catecismo da Igreja ensina que: §2280 – “Cada um é responsável por sua vida diante de Deus que lha deu e que dela é sempre o único e soberano Senhor. Devemos receber a vida com reconhecimento e preservá-la para sua honra e a salvação de nossas almas. Somos os administradores e não os proprietários da vida que Deus nos confiou. Não podemos dispor dela”. §2281 – “O suicídio contradiz a inclinação natural do ser humano a conservar e perpetuar a própria vida. É gravemente contrário ao justo amor de si mesmo. Ofende igualmente o amor do próximo porque rompe injustamente os vínculos de solidariedade com as sociedades familiar, nacional e humana, às quais nos ligam muitas obrigações. O suicídio é contrário ao amor do Deus vivo”. Mas o Catecismo lembra também que a culpa da pessoa suicida pode ser muito diminuída: §2282 – “Se for cometido com a intenção de servir de exemplo, principalmente para os jovens, o suicídio adquire ainda a gravidade de um escândalo. A cooperação voluntária ao suicídio é contrário à lei moral. Distúrbios psíquicos graves, a angústia ou o medo grave da provação, do sofrimento ou da tortura podem diminuir a responsabilidade do suicida”. Portanto, ninguém deve pensar que a pessoa que se suicidou esteja condenada por Deus; os caminhos de Sua misericórdia são desconhecidos de nós.
O Catecismo manda rezar por aqueles que se suicidaram: §2283 – “Não se deve desesperar da salvação das pessoas que se mataram. Deus pode, por caminhos que só ele conhece, dar-lhes ocasião de um arrependimento salutar. A Igreja ora pelas pessoas que atentaram contra a própria vida”. Certa vez o santo Cura D´Ars, São João Maria Vianney, ao celebrar a santa Missa notou que uma mulher vestida de luto estava no final da igreja chorando, seu marido havia suicidado na véspera, saltando da ponte de um rio. O santo foi até ela no final da Missa e lhe disse: “pode parar de chorar, seu marido foi salvo, está no Purgatório; reze por sua alma”. E explicou à pobre viúva: “Por causa daquelas vezes que ele rezou o Terço com você, no mês de maio, Nossa Senhora obteve de Deus para ele a graça do arrependimento antes de morrer”. Não devemos duvidar dessas palavras.


Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br

LITURGIA DIÁRIA - OS TALENTOS


Mateus 25, 14-30

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos está parábola 14Será também como um homem que, tendo de viajar, reuniu seus servos e lhes confiou seus bens. 15A um deu cinco talentos; a outro, dois; e a outro, um, segundo a capacidade de cada um. Depois partiu. 16Logo em seguida, o que recebeu cinco talentos negociou com eles; fê-los produzir, e ganhou outros cinco. 17Do mesmo modo, o que recebeu dois, ganhou outros dois. 18Mas, o que recebeu apenas um, foi cavar a terra e escondeu o dinheiro de seu senhor. 19Muito tempo depois, o senhor daqueles servos voltou e pediu-lhes contas. 20O que recebeu cinco talentos, aproximou-se e apresentou outros cinco: - Senhor, disse-lhe, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei. 21Disse-lhe seu senhor: - Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor. 22O que recebeu dois talentos, adiantou-se também e disse: - Senhor, confiaste-me dois talentos; eis aqui os dois outros que lucrei. 23Disse-lhe seu senhor: - Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor. 24Veio, por fim, o que recebeu só um talento: - Senhor, disse-lhe, sabia que és um homem duro, que colhes onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste. 25Por isso, tive medo e fui esconder teu talento na terra. Eis aqui, toma o que te pertence. 26Respondeu-lhe seu senhor: - Servo mau e preguiçoso! Sabias que colho onde não semeei e que recolho onde não espalhei. 27Devias, pois, levar meu dinheiro ao banco e, à minha volta, eu receberia com os juros o que é meu. 28Tirai-lhe este talento e dai-o ao que tem dez. 29Dar-se-á ao que tem e terá em abundância. Mas ao que não tem, tirar-se-á mesmo aquilo que julga ter. 30E a esse servo inútil, jogai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes. - Palavra da salvação.

O texto de hoje versa sobre os empregados e os talentos - no tempo de Jesus um talento era uma soma considerável de dinheiro, e hoje pode ser interpretado em termos de dons ou carismas recebidos de Deus. O trecho demonstra que o importante é arriscar-se e lançar-se à ação em prol do crescimento do Reino de Deus, para que os dons que recebemos de Deus possam crescer e se frutificar. De forma alguma se deve interpretar o texto a pé-da-letra, como se ela tratasse de investimentos e lucros financeiros, pois ele é uma parábola, que é uma comparação usando imagens e símbolos conhecidos.
Mateus acaba de falar da vinda futura do Filho do Homem para o juiz, e a continuação nos diz quais são as atitudes adequadas diante dessa vinda, a saber: a vigilância na parábola das dez virgens e o compromisso da caridade na parábola dos talentos e do juiz das nações. A parábola dos talentos é, neste contexto interpretativo, um elogio do compromisso, da efetividade, do trabalho, do rendimento. Poderá ser aplicada com muito proveito ao trabalho, à profissão e às realidades terrestres, ou compromisso secular.
A eficiência aceitada e até encomendada pelo evangelho é a eficiência “pelo Reino”, a que está posta a serviço da causa da solidariedade e do amor. Não é a eficiência do que busca aumentar a rentabilidade, ou a do que procura conquistar mercados, ou a do que procura lucros fantásticos por inversões especulativas do capital.
A eficiência pela eficiência não é um valor cristão, nem sequer humano. Talvez seja certo que o capitalismo, sobretudo na sua expressão selvagem atual, seja “o sistema econômico que mais riqueza cria”, mas não é menos certo que o faz aumentando simultaneamente o abismo entre pobres e ricos, a concentração da riqueza à custa da expulsão do mercado de massas crescentes de excluídos. O critério supremo, para nós, não é uma eficiência econômica que produz riqueza e distorce a sociedade e a faz mais desequilibra e injusta. Não só de pão vive o ser humano. De maneira cristã não podemos aceitar um sistema que a favor do crescimento da riqueza sacrifica a justiça, a fraternidade e a participação de massas humanas. Colocar a eficiência por cima de tudo isto, é uma idolatria, a idolatria do culto do dinheiro, verdadeiro deus neoliberal.
Não é, pois que nós não queiramos ser eficientes, competentes, e que não sejamos partidários da maior eficácia no serviço do Reino, assim como a competência e a qualidade total no serviço ao Evangelho.
Oremos constantemente e peçamos a Deus nosso Pai que ele nos mostre o talento que cada um tem. Esse talento que encontramos, é sinal que O Espírito de Deus criador da vida habita em nós. E, não basta encontrar esse talento, é necessário partilhá-lo, abrir mão dele, e não o manter bem fechado na nossa mão. Abrir mão dele, partilhá-lo para que, quem tem esse talento, viva verdadeiramente, mas também leve a vida aos outros, para que eles também possam descobrir os talentos que têm e assim possam começar ou recomeçar a viver.
Jesus é vida, é luz. “Eu sou a luz do mundo”; “Eu vim para que tenham vida”. Não deixemos que o mundo fique sem luz e sem vida. Ousemos, nós os que temos fé e esperança que um dia o Senhor há-de voltar, ousemos levar essa luz ao mundo e essa vida, partilhando os nossos talentos, para que eles dupliquem sempre. Para que, quando o Senhor voltar, não encontre ninguém adormecido ou morto, envolvido pela escuridão absoluta, mas sim, que encontre todos despertos, bem vivos envoltos numa luz que nunca se apaga.
Pe Bantu

"PEC DO DIVÓRCIO-RELÂMPAGO"


IVES GANDRA DA SILVA MARTINS ESPECIAL PARA A FOLHA – 08/07/2010

“O divórcio-relâmpago, fragiliza ainda mais a família”

A emenda constitucional, aprovada pelo Congresso, objetiva facilitar a obtenção do divórcio, suprimindo requisito relativo ao lapso temporal –de um ano contado da separação judicial e dois anos da separação de fato–, denominada de a “PEC do divórcio-relâmpago”, a meu ver, fragiliza ainda mais a família, alicerce da sociedade, nos termos do artigo 226 ‘caput’ da Constituição Federal.

Na medida em que os mais fúteis motivos puderem ser utilizados para que a dissolução conjugal chegue a termo, sem qualquer entrave burocrático, possivelmente, não possibilitando nem o aconselhamento de magistrados e nem o de terceiros para a tentativa de salvar o casamento, o divórcio realmente será relâmpago.

Não poucas vezes, casais que estão dispostos a separar-se, não percebendo o impacto que a separação pode causar nos filhos gerados, quando aconselhados e depois de uma reflexão mais tranquila e não emocional, terminam por se conciliar.

ÍMPETO

Conheço inúmeros exemplos nos quais o ímpeto inicial foi contido por uma meditação mais abrangente sobre a família, os filhos e a vida conjugal, não chegando às vias do divórcio pela prudência do legislador ao impor prazos para concedê-lo e pela tramitação que permite, inclusive, a magistrados aconselharem o casal em conflito.

A emenda mencionada autoriza que, no auge de uma crise conjugal, a dissolução do casamento se dê, sem prazos ou entraves cautelares burocráticos. Facilita, assim, a tomada de decisões emotivas e impensadas, dificultando, portanto, uma solução de preservação da família, que foi o objetivo maior do constituinte ao colocar no artigo 226, que o Estado prestará especial proteção à família.

Entendo que a “PEC do divórcio-relâmpago” gera insegurança familiar, em que os maiores prejudicados serão sempre, em qualquer separação, os filhos, que não contribuíram para as desavenças matrimoniais, mas que viverão a turbulência da divisão dos lares de seus pais, não podendo mais ter o aconchego e o carinho, a que teriam direito –por terem sido por eles gerados ou adotados– de com eles viverem sob o mesmo teto.

Como educador há mais de 50 anos, tenho convivido com os impactos negativos que qualquer separação causa nos filhos, que levam este trauma, muitas vezes, por toda a vida.

Por isto, sou favorável à maior prudência, como determinou o constituinte de 88, no parágrafo 6º do artigo 226 da Lei Maior. Tenho para mim, inclusive, que o capítulo da Família na Carta Magna de 88, por ser a família a espinha dorsal da sociedade, deveria ser considerado cláusula pétrea.

IVES GANDRA DA SILVA MARTINS é professor emérito da Universidade Mackenzie, em cuja Faculdade de Direito foi titular de Direito Constitucional.

Fonte:sementesdoespirito

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

CIRCULO DO AMOR

PARA REFLETIR.

Ele quase não viu o rosto da senhora com o carro parado no acostamento, mas percebeu que ela precisava de ajuda. Assim, parou o seu carro e se aproximou. O carro dela cheirava a novo.
Mesmo com o sorriso que ele estampava na face, ela ficou preocupada, pois ninguém tinha parado para ajudá-la até então. Ele não parecia seguro, parecia pobre, faminto. Ele, por sua vez, percebeu que ela estava com medo de sua aproximação e disse-lhe:
- Eu estou aqui para ajudá-la madame, por que a senhora não espera dentro do carro onde estará quentinha e abrigada do frio intenso e da neve ?
- A propósito, meu nome é Fábio.

Ele, após apresentar-se, percebeu que o veículo dela tinha um pneu furado, mas para uma senhora da idade dela, isto era um problemão, haja visto o veículo ser tipo perua e pesado.
A seguir abaixou-se, colocou o macaco e levantou o carro. Logo ele já estava trocando o pneu, entretanto ficou um tanto sujo e ainda feriu uma das mãos.
Enquanto ele apertava as porcas da roda, ela abriu a janela e começou a conversar com ele. Contou que era da capital e só estava naquela região de passagem e que não sabia como agradecer-lhe pela preciosa ajuda. Fábio apenas sorriu enquanto se levantava.
Ela perguntou-lhe quanto devia. Qualquer quantia teria sido pouco para ela, pois tinha imaginado as mais terríveis coisas que poderia ter-lhe acontecido se Fábio não tivesse parado, ainda mais aquela hora da noite.
Fábio não pensava em dinheiro. Aquilo não era um trabalho para ele. Gostava de ajudar as pessoas quando alguém tinha necessidade (essa era a postura de vida dele) e Deus já lhe ajudara tantas vezes, então respondeu:
- Se a senhora realmente quiser me reembolsar, da próxima vez que encontrar alguém que precise de ajuda, dê para a pessoa aquilo que ela precisar. E acrescentou:
- E pense em mim !
Ele esperou até que ela saísse com o carro e também se foi.
Tinha sido um dia frio e deprimido, mas ele se sentia bem retornando para casa. Alguns quilômetros adiante, a senhora encontrou um pequeno restaurante. Ela entrou para comer alguma coisa. Era um restaurante simples e sem muita higiene, mas ela estava com muita fome ! A garçonete veio até ela e trouxe-lhe uma toalha limpa para que pudesse esfregar e secar os cabelos molhados e lhe dirigiu um doce sorriso, um sorriso que mesmo com os pés doendo por um dia inteiro de trabalho não pode apagar.
A senhora notou que a garçonete estava com quase oito meses de gravidez, mas ela não deixou a tensão e as dores mudarem sua atitude. A senhora ficou curiosa em saber como alguém que tinha tão pouco, podia tratar tão bem um estranho, e então se lembrou de Fábio.
Depois que terminou a refeição, enquanto a garçonete buscava o troco para uma nota de cem reais, a senhora se retirou. Já tinha partido, quando a garçonete voltou. A garçonete ainda queria saber onde a senhora poderia ter ido quando notou algo escrito no guardanapo de papel sobre a mesa, sob o qual tinha um cheque no valor de mil reais.
Havia lágrimas em seus olhos, quando leu o que a senhora escreveu e que dizia:
- Você não me deve nada ! Fique com o troco da refeição e com o cheque para você. Eu já tenho o bastante. Alguém me ajudou uma vez e da mesma forma, estou lhe ajudando. Se você realmente quiser me reembolsar algum dia, não deixe este círculo de amor terminar em você.
Aquela noite, quando foi para casa e deitou-se na cama, ficou pensando no dinheiro e no que a senhora deixou escrito. Como pode aquela senhora saber o quanto ela e o marido precisavam disso ? Com o bebê para o próximo mês, tudo estava difícil ! Ela então virou-se para o marido que já dormia ao seu lado, deu-lhe um beijo carinhoso e macio e sussurrou:
- Deus está nos ajudando Fábio, tudo ficará bem meu amor, não se preocupe !

O PERIGO DAS CORRENTES DE ORAÇÃO.


Recebo todos os dias inúmeras "correntes de oração", todas com algum tipo de pressão, e todas com uma promessa fantástica. Ou ameaça grotesca. As pessoas que navegam na internet devem usar do bom senso e jamais reenviar estas coisas que só entopem caixas de mensagens, e não trazem nenhum benefício. Elas no fundo desagradam a Deus, porque como O escravisam. Não existe oração mais poderosa do que o TERÇO DIÁRIO EM FAMÍLIA. Quem faz isso, esqueça o resto... Jamais a Santa Missa é claro!


Vejam o texto de Ricardo... Rodam por aí várias orações dizendo que a pessoa rezando-as por um período certo de tempo, ou por tantas vezes ou passando para tantas pessoas, recebem graças ‘impossíveis’; bastando para isso cumprir o que se pede.


São orações que dizem por exemplo. “Reze-a por três dias seguidos e passe para quinze pessoas que dentro de sete dias acontecerá algo incrível na sua vida”. E mais, nestas mesmas orações são exemplificadas situações onde fulano ganhou na loteria, ou fulana que conseguiu casar, e mais, fala de ‘ desgraças’ que aconteceram com aquelas pessoas que recebem a oração e não cumprem a proposta. Vou transcrever uma dessas aqui para que o leitor entenda melhor do que estou falando. “- Divino Espírito Santo, você que ilumina os meus caminhos para que alcance meu ideal, você que me dá o dom divino de perdoar, esquecer o mal que fazem, e que todos os instantes da minha vida está comigo, eu quero neste curto período de diálogo adorando-lhe por tudo e quero confirmar mais uma vez que nunca mais separarei de Vós, por maior que seja minha ilusão material, não será maior que a vontade que sinto de um dia estar convosco na Glória.


A pessoa deverá fazer esta oração por três dias seguidos sem fazer pedido. Dentro de oito dias será alcançada uma graça por mais difícil que seja.

Não guarde esta carta, pois ela deverá dar a volta ao mundo para que todas as pessoas continuem a alcançar a graça do Senhor. Não importa se alguém não precisa de nada, faça e envie o mais rápido possível. Esta carta pode ser distribuída em qualquer igreja. Acredite em Deus.

Tudo irá bem, esta carta foi enviada para lhe dar sorte. Ela dá a volta ao mundo e hoje encontra você que tem sorte de ter ela nas mãos. Envie 21 cópias para aqueles que necessitem de sorte.Não fique com a carta por mais de nove dias. Ela veio da Venezuela por um missionário, que enviou aos amigos e após nove dias recebeu uma graça. Constantino recebeu e pediu para que sua secretária tirasse cópias e antes de nove dias recebeu milhões na loteria. Maria Vasco, empregada doméstica recebeu a carta e esqueceu-se de remetê-la, perdeu o emprego.

Lembrou-se da carta e a remeteu, arrumou emprego melhor que o anterior. Carlos tinha a carta e a jogou fora com desprezo, passados nove dias perdeu a esposa. Não deixe de remeter esta carta e logo verá que irá receber uma surpresa maravilhosa. Acredite e confie no poder de Deus.”

Perceba que a oração ao Espírito Santo é linda, remete a humildade e a resignação diante dos problemas principalmente materiais, a oração em si é muito bonita e com certeza o Espírito Santo gostaria muito que você a recita-se todos os dias. Mas estou aqui pra falar do que procede à oração. Esta carta, que se assemelha muito a muitas outras que já recebi nomeia como ‘sorte’ a ocasião de você ter recebido esta oportunidade. Veja bem, ninguém sabe quem é o tal missionário que trouxe esta carta. Ninguém conhece os pormenores da vida de cada pessoa citada na carta, isso se essas pessoas existem, cabe a cada um acreditar ou não no que ali está escrito, mas perceba que a oração ao Espírito Santo é colocada em tom de retribuição, o que difere do verdadeiro sentido da oração, que é a busca da Salvação.

Não quero negar a ação de uma oração, mesmo porque rezando-se corretamente e com fé tudo é possível, TUDO; mas digo isso porque o Espírito Santo como esta dito na carta, pode lhe tirar algo caso você não siga o que ela pede, a exemplo de Carlos que perdeu a esposa, porém, o Espírito Santo não castiga ninguém por não rezar uma oração corretamente, nem Jesus, nem Deus, nem Nossa Senhora, nem nenhum Santo nem Anjo age desta forma.

Uma pessoa que recebe esta carta fica na obrigação de enviá-la e cumpri-la no prazo com medo de que alguma coisa ruim aconteça. Ou tem a esperança de que ela por si só caiu dos Céus para resolver seus problemas. O mistério da oração é muito maior do que podemos compreender, ela não é uma receita para que você ganhe na loteria ou para que tenha um emprego melhor. Mais uma vez, não estou aqui dizendo que estes tipos de carta são mentira, mas quando receber uma carta desta leia com espírito alerta, não se prenda as promessas e ameaças de uma oração ‘sem procedência’ e acredite infinitamente na misericórdia do Pai. Para nós, rezar é tão importante quanto respirar, mas mantenha-se alerta em tudo que envolve questões religiosas, e tome muito cuidado com orações quando cita-se o Espírito Santo, Jesus, envolvendo-os com questões que podem ser consideradas terrenas, pois é assim que protestantes e evangélicos rezam. E nunca esqueça-se de Maria, NUNCA. Existem milhares de orações inspiradas diretas do Céu que realmente auxiliam, cada um tem a sua consciência, mas promessas de graças só se vier da própria Santíssima Trindade, ou da própria Maria, ou de Santos consagrados; a exemplo disto temos o Rosário, oração direta de Nossa Mãe, temos a Santa Missa, mistério de vida que constitui pura Graça Divina, assim como as orações de Santa Brígida, a Oração do Santo Sepulcro, a de São Judas Tadeu, Santo Expedito, Frei Galvão, João Paulo II, Nossa Senhora do Desterro, São Miguel, entre outras que são mistério de incompreensível amor. Compare por exemplo as promessas de Jesus a quem rezar as quinze orações de Santa Brígida, não há cobrança nem ameaças nem promessas de riquezas materiais, isso é mistério de incompreensível amor.

As orações citadas no início, que prometem alívio cronometrado, muito conhecidas como “correntes” podem sim ser feitas, mas mais uma vez, com Espírito em alerta, não dê bola para aqueles que dizem que se você ‘quebrar a corrente’ terá uma consequência ruim. A oração é auxilio de Vida e Salvação, não é receita para se casar e ficar rico, tudo isso são coisas que podem acontecer se for o plano de Deus para sua vida, mas só quando sua busca se volta às coisas do verdadeiro Reino dos Céus. Mais uma vez repito a frase de Jesus, que pra mim diz tudo e realmente transforma minha vida.“Busque as coisas do alto e todo o mais lhe será dado por acréscimo”.Perceba que se fossem verdade todas estas correntes de oração, a frase “Não busque as coisas do alto que tudo o mais lhe será tirado” seria verdade. Sendo que isso é uma inverdade, Jesus nunca faria isso, Jesus é amor e amor só soma. Para finalizar, quando você estiver em posse ou for convidado para alguma dessas orações de corrente, tenha bastante cuidado em cumpri-la, na dúvida procure um Santo Sacerdote para lhe esclarecer. Por exemplo, eu a recebi e estou passando-a, porém só estou passando a oração, pois é só o primeiro parágrafo que pra mim realmente agrega um valor Divino, apaguei o que transpassei aqui de fulano e ciclano que ganhou na loteria ou perdeu o casamento. A vida individual de cada um diz respeito a sua fé e cada ser humano tem um plano oculto que Deus nos deu e que demora até o ultimo momento da vida para ser cumprido; a oração em si nos auxilia nas tribulações da vida e também é uma arma contra as forças infernais, não é o exemplo de pessoas que se deram bem rezando ou que se deram mal não rezando que conta, conta sim a nossa esperança e nossa intenção no ato de orar, conta é a fé que você põe na misericórdia de Deus, é a esperança que você pode ter confiando nos desígnios de Deus e a aceitação do cumprimento integral dos planos Dele para você, fazendo de tudo para estar em comunhão com a Santíssima Trindade, respeitando o que o Santo Padre nos ensina e o que a Igreja Católica Apostólica Romana ainda prega com fundamentos em Jesus e alicerces em São Pedro e São Paulo.

A oração que transpassei da tal carta é suficiente, perceba que ela individualmente atribui muito mais valor a fé cristã, sendo que o restante da carta modifica o real sentido da misericórdia Divina. Não se sinta obrigado a passar uma oração com medo de que alguma desgraça lhe atinja, pois que Deus Ele seria se te castigasse por esquecer uma oração destas, na gaveta por exemplo. Mais uma vez, Deus não castiga por isso, você não vai perder o marido, não vai perder o emprego pela causa de não ter levado em frente esta oração, o mistério da oração está infinitamente além destas questões. Tome cuidado para não pegar uma coincidência da vida, e atribuí-la a uma carta, ou a uma oração mal feita ou não cumprida. Nestes tempos finais, lute pelos dons do Espírito Santo, discernimento, fortaleza... E antes de qualquer oração, o mais importante é a vida em busca de Deus, a comunhão com Cristo e a manutenção do seu estado de graça, com isso o verdadeiro beneficio da oração inundará seu coração!


Ricardo


Fonte: Recados do Aarão

MADRE TERESA: "DOM INESTIMÁVEL" PARA A IGREJA E O MUNDO


VATICANO, 26 Ago. 10 / 02:06 pm (ACI).- O Papa Bento XVI agradeceu a Deus pela vida da Beata Madre Teresa de Calcutá, de quem se recorda hoje os cem anos do seu nascimento, e assegurou que a querida religiosa segue sendo um “dom inestimável” para a Igreja e o mundo.O Pontífice recordou “o modelo exemplar de virtude cristã” da religiosa em uma mensagem dirigida à Madre Mary Prema, superiora geral das Missionárias da Caridade, e difundida pela Rádio Vaticano.“Madre Teresa exemplificou diante do mundo as palavras de São João: "Caríssimos, se Deus assim nos amou, devemos, nós também, amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais contemplou a Deus. Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu Amor em nós é levado à perfeição" (cf. 1 Jo 4, 11-12)”, escreveu o Papa.Dirigindo se às religiosas que continuam a obra da Madre Teresa, pediu-lhes “que este amor as inspire como Missionárias da Caridade, a doar-se generosamente a Jesus, que vocês vêem e servem através dos pobres, os doentes, e através das pessoas sós ou abandonadas. Animo-as a aprender constantemente da espiritualidade e do exemplo da Madre Teresa e, seguindo seus rastros, a acolher o convite de Jesus: Vem, seja minha luz!”.O Santo Padre assinalou que “este ano será para a Igreja e para o mundo, uma ocasião de feliz gratidão a Deus pelo dom inestimável que a Madre Teresa foi e segue sendo através do trabalho que com amor vocês suas filhas espirituais seguem realizando”.Neste sentido Bento XVI destacou o trabalho das Missionárias da Caridade em preparação para o aniversário.“Vós vos esforçastes por aproximar-vos da pessoa de Jesus, cuja sede pelas almas vem saciada por vosso ministério a Ele nos mais pobres de todos os pobres. Respondendo com confiança à chamada direta do Senhor”, acrescentou.Bento XVI se uniu espiritualmente às celebrações pelo centenário “e com grande afeto –concluiu- reparto cordialmente às Missionárias da Caridade, e a todos aqueles a quem elas servem, minha paternal Bênção Apostólica”.Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu em Skopje (Ex-República Iugoslava da Macedônia, atual território da Albânia), em 26 de agosto de 1910 e faleceu no dia 5 de setembro de 1997 em Calcutá (Índia), cidade na qual em 1959 tinha fundado a congregação das Missionárias da Caridade. Menos de dois anos depois da sua morte, por causa da estendida fama de santidade da Madre Teresa e dos favores que lhe atribuíam, o Papa João Paulo II permitiu a abertura de sua Causa de Canonização. Em 20 de dezembro de 2002 o mesmo Papa aprovou os decretos sobre o heroísmo das virtudes e sobre o milagre obtido por intercessão de Madre Teresa. João Paulo II a beatificou em 19 de outubro de 2003.

LITURGIA DIÁRIA - AS DEZ VIRGENS


Mateus 25, 1-13

Naquele tempo, 1Então o Reino dos céus será semelhante a dez virgens, que saíram com suas lâmpadas ao encontro do esposo. 2Cinco dentre elas eram tolas e cinco, prudentes. 3Tomando suas lâmpadas, as tolas não levaram óleo consigo. 4As prudentes, todavia, levaram de reserva vasos de óleo junto com as lâmpadas. 5Tardando o esposo, cochilaram todas e adormeceram. 6No meio da noite, porém, ouviu-se um clamor: Eis o esposo, ide-lhe ao encontro. 7E as virgens levantaram-se todas e prepararam suas lâmpadas. 8As tolas disseram às prudentes: Dai-nos de vosso óleo, porque nossas lâmpadas se estão apagando. 9As prudentes responderam: Não temos o suficiente para nós e para vós; é preferível irdes aos vendedores, a fim de o comprardes para vós. 10Ora, enquanto foram comprar, veio o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para a sala das bodas e foi fechada a porta. 11Mais tarde, chegaram também as outras e diziam: Senhor, senhor, abre-nos! 12Mas ele respondeu: Em verdade vos digo: não vos conheço! 13Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora. - Palavra da salvação.


Em duas ocasiões distintas Jesus contou duas parábolas cujo conteúdo apela pela prudência e pela vigilância antes de sua morte destacando-se o tema da preparação para a vinda do Senhor. A das dez virgens (Mateus 25:1-13) e a dos talentos (Mateus 25:14-30). Essas foram, aparentemente, contadas em particular aos seus discípulos (Mateus 24:3). Na primeira parábola, dez virgens saíram ao encontro do noivo, empolgadas com as alegrias vindouras da festa de casamento. Todas estavam presentes; todas estavam esperando o noivo; todas se sentiam satisfeitas com a sua preparação, pois estavam cochilando e dormindo, e todas tinham lâmpadas. A diferença entre as cinco virgens prudentes e as cinco tolas era que as cinco prudentes trouxeram óleo junto com suas lâmpadas. O tempo da preparação tinha-se passado. Enquanto as virgens tolas estavam comprando óleo, o noivo chegou e elas foram deixadas fora do casamento para sempre. Como você está esperando pelo seu Senhor? Você está vigiando? A que temperatura está o termômetro da tua prudência? Jesus decretou a sentença tanto para as dez virgens como para mim e para ti: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” na qual o Filho do Homem vem!.
Na segunda parábola, um homem que ia viajar para um país distante confiou talentos aos seus servos. A um ele deu cinco, a outro dois e a outro um, distribuindo-os de acordo com a capacidade de cada servo. Os dois servos, um com cinco e o outro com dois talentos, duplicaram o que lhes tinha sido confiado, resultando em louvor e recompensa de seu senhor. O servo com um talento, agindo com temor, foi preguiçoso. Ele escondeu o talento que lhe havia sido dado em vez de usá-lo para obter rendimentos, suscitando a ira de seu senhor e a perda do talento que lhe havia sido entregue. Como e onde você escondeu tudo o que recebeu de Deus?
Há muita semelhança entre as duas parábolas. Vemos nestas duas parábolas a grande e muita expectativa pelo Senhor que vem. As dez virgens estavam esperando o noivo. Os servos sabiam que seu senhor voltaria. O noivo, ou o senhor, que retorna, naturalmente, é Jesus Cristo. Ele há de voltar. Não há desculpas a quem deixa de aguardar sua volta.
Saiba que todas as dez virgens tinham feito alguma preparação. Os dois servos, um com cinco e o outro com dois talentos, tinham-se preparado, obviamente; e até mesmo o servo com um talento tinha feito alguma preparação, mantendo cuidadosamente em segurança seu único talento até a volta de seu senhor. Por isso não fique de braços cruzados. Prepare-se para a vinda do teu Senhor. Em breve Ele chegará. Note que, como vimos nas duas parábolas, há preparação adequada contrastada com negligência. Não houve o despreparo completo, mas negligência: negligência em abandonar algum mau hábito; negligência em confessar os pecados cometidos; negligência em desenvolver os frutos do Espírito; negligência em tirar vantagem completa das oportunidades que Deus coloca diante deles; em resumo, negligência em tornar-se como seu Senhor. Como vai a tua preparação? Está sendo com inteligência ou negligência?
É verdade que nas duas parábolas houve demora na chegada. “E, tardando o noivo”. O senhor dos servos voltou “depois de muito tempo”. Só que isso não deve ser motivo para o desleixo. É muito fácil para as pessoas mal interpretarem a demora da vinda do Senhor. Elas vêem isso como motivo para descuido e descrença, quando deviam vê-la como evidência da longanimidade do Senhor que conduz à salvação. E você, como tem agido ante a demora de Deus?
Aqui não vale encostar-se à sua esposa, marido, pais ou filhos. A responsabilidade individual. As virgens prudentes não podiam compartilhar seu óleo com as tolas. O servo de um talento não podia sentir-se confortável com o fato de oito talentos terem-se tornado quinze. Cada um tinha que prestar contas pelo que tinha feito pessoalmente. Assim será quando o Senhor retornar. Nenhum pai será capaz de partilhar um pouco da sua fidelidade com os seus filhos; nenhum esposo com a sua esposa ou vice-versa; nenhum amigo com outro amigo. Ninguém poderá se gabar dizendo “veja o que nós fizemos”; ele só pode obter a graça na base de sua própria preparação e prudência. A salvação é individual e não coletiva.
Pois Deus nos conhece pelo nome e assim nos trata. No final de tudo haverá a escolha. Deus há de mandar os seus anjos para separar os bons dos maus. As cinco virgens prudentes entraram com o noivo no casamento, enquanto as cinco tolas não puderam entrar. Os servos dos cinco e dos dois talentos entraram na alegria de seu senhor, enquanto o de um talento foi lançado fora, nas trevas. A expressão “Fechou-se a porta”, encontrada na parábola das dez virgens, é uma das expressões mais tristes nas Escrituras para todos aqueles que não estiverem preparando prudentemente a vinda do Senhor.
Pe Bantu

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

MARTINHO LUTERO - HOMICIDA E SUICIDA.


Martinho Lutero,
homicida e suicida,
por Dom Licínio RangelAugust 3rd, 2010
Eis alguns dados históricos da triste vida do fundador do protestantismo, e de seu fim trágico, depois de uma de suas muitas bebedeiras serestais com príncipes amigos. Martinho Lutero nasceu em Eisleben, na Saxônia (Alemanha) em 1483, e pôs fim à próprio vida em 1546, cerca de 25 anos após a sua revolta contra a Igreja de Nosso Senhor. Sua mãe Margarida foi muito religiosa, porém, muito supersticiosa e dada a bruxarias e encantamentos, o que influiu muito no comportamento do filho. O jovem Lutero, depois de seus estudos de humanidades nas escolas locais de Mansfeld, foi estudar filosofia e direito na Universidade de Erfurt, onde se formou, no ano de 1505. Em junho deste ano entrou para o Convento dos Agostinianos, “não por vocação, mas por medo da morte”. Ele mesmo falou várias vezes desse “medo da morte” que determinou a sua entrada na religião, como o veremos.
LUTERO HOMICIDA
O Dr. Dietrich Emme, em seu livro: “Martinho Lutero – sua juventude e os seus anos de estudos, entre 1483 e 1505″, Bonn, 1983, afirma que Lutero entrou no Convento só para não ser submetido à justiça criminal, cujo resultado teria sido, provavelmente, a pena de morte, por ter matado em duelo um seu colega de estudos chamado Jerônimo Buntz. Daí o seu “medo da morte” ao qual se referia freqüentemente. Então um amigo o aconselhou a se refugiar no Convento dos Eremitas de Santo Agostinho, que então gozava do direito civil de asilo, que o colocava ao abrigo da justiça. Foi aí que se tornou monge e padre agostiniano. Lutero parecia ter-se convertido. Mas não. Sempre perturbado e contraditório, ele se declara réu confesso em uma prédica em 1529: “Eu fui monge, eu queria seriamente ser piedoso. Ao invés, eu me afundava sempre mais: eu era um grande trapaceiro e homicida” (WAW, 29, 50, 18). E um discurso transcrito por Veit Dietrich, afirma: “Eu me tornei monge por um desígnio especial de Deus, a fim de que não me prendessem; o que teria sido muito fácil. Mas não puderam porque a Ordem se ocupava de mim” (isto é, os superiores do Convento o protegiam) (WA Tr 1, 134, 32). Portanto, Lutero foi réu de um homicídio que cometeu quando era estudante em Erfurt. E segundo os seus biógrafos, o motivo teria sido despeito por ter o seu colega obtido melhor nota nos exames.
LUTERO ÉBRIO E ÍMPIO
Ele o confessa: “Eu aqui me encontro insensato, e endurecido, ocioso e bêbado de manhã à noite… Em suma, eu que devia ter fervor de espírito, tenho fervor da carne, da lascívia, da preguiça e da sonolência”. No entanto, chamava o Papa de “asno”.
Sobre a oração dizia: Eu não posso rezar, mas posso amaldiçoar. Em lugar de dizer ‘santificado seja o vosso nome’, direi: ‘maldito e injuriado seja o nome dos papistas…, que o papado seja maldito, condenado e exterminado’. Na verdade é assim que rezo todos os dias sem descanso”.
Sobre os mandamentos, dizia: “Todo o Decálogo deve ser apagado de nossos olhos, de nossa alma e de nos outros tão perseguidos pelo diabo… Deves beber com mais abundância, e cometer algum pecado por ódio e para molestar ao demônio…”. Lutero não só afirmava que as boas obras nada valem para a salvação como as amaldiçoava.
Mas sobre o pecado, ele dizia: “Sê pecador e peca fortemente, mas crê com mais força e alegra-te com Cristo vencedor do pecado e da morte… Durante a vida devemos pecar”.
Sobre a castidade, Lutero incentivou os monges, sacerdotes e religiosas a saírem de seus Conventos e se casarem. “O celibato – dizia – é uma invenção maldita” – “Do mesmo modo que não posso deixar de ser homem, assim não posso viver sem mulher”.
Sobre a Virgem Maria, “a caneta” recusa a escrever as blasfêmias que proferiu contra a sua pureza (originalmente este texto foi publicado em forma de folheto, Nota do Editor).
Sobre Jesus Cristo, afirma que “cometeu adultério com a samaritana no poço de Jacó, com a mulher adúltera que perdoou…, e com Madalena…”.
Sobre Deus: “Certamente Deus é muito grande e poderoso, bom e misericordioso…, mas é muito estúpido; é um tirano”.
Seu último sermão em Wittenberg, em maio de 1546, foi um furioso ataque contra o Papa, o sacrifício da Missa e o culto a Nossa Senhora.
LUTERO SUICIDA
Lutero tinha um temperamento extremamente mórbido e neurótico. Depois de sua revolta contra a Igreja, a sua neurose atingiu os limites extremos. Estudos especializados lhe atribuem uma “neurose de angústia gravíssima”, do tipo que leva ao suicídio (Roland Dalbies, em “Angústia de Lutero”). O suicídio de Lutero é afirmado tanto por católicos como por protestantes. Eis o depoimento do seu criado, Ambrósio Kudtfeld, que mais tarde se tornou médico: “Martinho Lutero, na noite que antecedeu a sua morte, se deixou vencer por sua habitual intemperança, e com tal excesso, que fomos obrigados a carregá-lo totalmente embriagado, e colocá-lo em seu leito. Depois nos retiramos ao nosso aposento sem pressentir nada de desagradável. Pela manhã voltamos ao nosso patrão para ajudá-lo a vestir-se, como de costume. Mas, que dor! Vimos o nosso patrão Martinho pendurado de seu leito e estrangulado miseramente.“Tinha a boca torta e a parte direita do rosto escura; o pescoço roxo e deformado. Diante de tão horrendo espetáculo, fomos tomados de grande terror. Corremos sem demora aos príncipes, seus convidados da véspera, para anunciar-lhes aquele execrável fim de Lutero. Eles ficaram aterrorizados como nós. E logo se empenharam com mil promessas e juramentos, que observássemos, sobre aquele acontecimento, eterno silêncio, e que colocássemos o cadáver de Lutero no seu leito, e anunciássemos ao povo que o ‘Mestre Lutero’ tinha improvisamente abandonado esta vida”. Este relato do suicídio de Lutero foi publicado em Anversa, no ano de 1606, pelo sensato Sedúlius. Dois médicos comprovaram os sintomas de suicídio relatados pelo seu doméstico Kudtfeld. Foram eles Cester e Lucas Fortnagel. As informações desse último foram publicadas pelo escritor J. Maritain, em seu livro: “Os Três Reformadores”. Nesse livro o autor oferece ainda uma impressionante lista de amigos e companheiros de Lutero que se suicidaram.Portanto, irmãos separados da Igreja Católica por esse falso e ébrio reformador, abram os olhos, e voltem à verdadeira Igreja de Jesus Cristo. É fácil de reconhecê-la. Está claro nos Santos Evangelhos que a verdadeira Igreja de Cristo é uma só (Mt. 16, 16). E o que aí lemos: “Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja“. (Cf “Folhetos Católicos” – nº 1).Inútil imaginar que Cristo apontava para Si quando falava a Pedro. Sabemos que Cristo é a “Pedra Angular” principal da sua Igreja. Mas Ele tornou a Pedro participante dessa sua condição. Suas palavras “são palavras de vida e de verdade”. Só Ele, como único Mediador “de Redenção” (1 Tim 2, 5-6), pôde fundar, e realmente fundou a sua única e verdadeira Igreja tendo também por fundamento visível, neste mundo, a Pedro e seus sucessores, os Papas. Como há um só Senhor, uma só Fé, um só batismo (E.F. 4, 5), também uma só tem que ser a Igreja desse único Senhor. É a Igreja dos primeiros cristãos, é a Igreja dos mártires, é a Igreja católica de sempre, a única que é Apostólica, porque é a única que vem desde os Apóstolos.É a única que existiu desde Cristo e dos Apóstolos até Lutero, e até hoje, e que existirá “até o fim dos séculos” (Mt 28, 28-30). Ao passo que as dos protestantes são “uma legião”. Elas começaram a partir desse falso reformador, no ano 1521, que foi o primeiro a se atrever a fazer o que só Deus pode fazer: fundar uma religião. A 1ª das religiões dessa “legião” de igrejas chamou-se igreja luterana. Mas, já no tempo de Lutero, alguns luteranos imitaram o seu mau exemplo.Assim, Calvino fundou o calvinismo em Genebra. Logo surgiram os anabatistas, os anglicanos, os batistas, os metodistas, etc.etc. (Cf. “Folhetos Católicos”, nº 14). Calcula-se hoje em vários milheiros o número de seitas oriundas dos erros luteranos. E hoje a sua nova versão, com as suas “Lojas da bênção”, praticando um verdadeiro curandeirismo de Bíblias na mão. A má semente semeada pelo ébrio e neurótico monge continua a produzir seus maus frutos.Mas a tentação de se pretender reformar a irreformável obra de Nosso Senhor Jesus Cristo, a sua Igreja, continua. E até nos meios católicos ditos progressistas, se está pretendendo reformar, não os homens da Igreja, mas a própria Igreja. Eles se assemelham hoje aos “católicos reformados” dos tempos de Lutero, com a sua falsa reforma. No entanto, a Bíblia afirma que a única Igreja de Cristo, em si mesma, “é… santa e imaculada” (Ef. 5, 27).

Nota: Os dados desse folheto são de “Martinho Lutero, homicida e suicida”, Pe. Luigi Villa, rev. “Chiesa Viva”, nº 258, Brescia, Itália; e de “Lutero”, Pe. Pedro de I. Muños, rev. “Tradicion Católica”, nº 137, Barcelona, Espanha.Dom Licínio RangelCampos/RJ
Fonte: Movimento da Juventude Católica do Brasil.
encontrada no pai de amor.